domingo, 30 de março de 2008

Encontros com o autor: Gervásio Baptista inaugura projeto em 2008


O Candango Fotoclube, em parceria com o Balaio Café, promove no próximo dia 4 de abril, a partir das 19h30min, a primeira edição de 2008 da série “Encontros com o autor”, projeto criado para promover o debate da fotografia com os principais profissionais de Brasília.

O convidado é Gervásio Baptista, 84, um dos mais respeitados fotógrafos brasileiros que tem a credencial de imprensa número 001 do Palácio do Planalto. Baiano de Salvador, Gervásio estreou no jornalismo aos 11 anos de idade, como assistente de fotografia no jornal O Estado da Bahia. Nos anos 50 transfere-se para o Rio de Janeiro onde irá atuar na revista O Cruzeiro, a convite de Assis Chateaubriand. Em 54, passa a trabalhar para a Manchete ficando até o fechamento da revista em 2000. Pela Manchete, Gervásio registrou a construção de Brasília e outros fatos importantes da cena brasileira e mundial: o enterro de Getúlio Vargas, as revoluções Cubana e dos Cravos, em Portugal, e a Guerra do Vietnã.

Foi fotógrafo oficial dos concursos Miss Brasil e Miss Universo, situação que permitiu viajar o mundo registrando a beleza da mulher brasileira. Gervásio também atuou como fotógrafo da Presidência da República, realizando, com exclusividade, a última imagem de Tancredo Neves, acompanhado da equipe médica do Hospital de Base de Brasília.

Recentemente, o autor ganhou retrospectiva da sua obra no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, onde ainda atua como fotógrafo, com a exposição “Gervásio Baptista: 50 anos de fotografia”. A mostra contempla 45 imagens de grandes momentos da República brasileira registradas pelas lentes de Gervásio. A exposição continua aberta à visitação até o dia 18 de abril.

Sucesso de público em Brasília, o “Encontros com o autor” foi criado em 2007 pelo Candango Fotoclube. No ano passado foram realizadas oito edições abordando diferentes tendências da fotografia: etnofotografia, fotografia autoral, fotografia de natureza, fotojornalismo, fotografia publicitária, fotografia de espetáculos e fotografia documental. As palestras contaram com grandes nomes da fotografia como Luís Humberto, Olivier Boëls, Kazuo Okubo, dentre outros.

O Balaio Café fica na SCLN 201, bloco B, lojas 19/31. Mais informações pelo telefone 3327-0732 ou http://www.balaiocafe.com.br/.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Photoshop on-line

 

photoshop_on_line

O popular e líder de mercado em edição de imagens, Adobe Photoshop, agora também ganha uma versão on-line batizada de Adobe Photoshop Express, que também oferece opções para montar galerias e 2 GB para os usuários armazenarem imagens. 

A iniciativa da Adobe não causa nenhuma surpresa, pois segue à risca uma tendência da Web 2.0, a internet como plataforma.

Segunda a própria empresa, o objetivo é manter a popularidade entre a nova geração de usuários que edita, armazena e exibe suas fotos via internet.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Carlinhos a Fotografia de uma Vida.





O MERGULHO


Carlinhos Alcântara deu um grande salto em sua vida ao descobrir a fotografia. Quando tinha 16 anos, em Nilópolis no Rio de Janeiro, caiu em suas mãos uma máquina de plástico de nome Flika para que ele queca pudesse fazer suas descobertas. Aquela câmera para ele era a melhor do mundo. O que ele queria mesmo era fazer fotografia, aprender a "bater foto". No começo fazia fotos de seus irmãos menores e aos poucos foi fazendo foto até de cachorro na rua e de avião que passava. Ele ficava sempre com a maquina na mão e nada escapava aos seus olhos.Gastava muitos rolos de filmes 120 e nunca freqüentou sequer um curso de fotografia.

Aprendia praticando, como a maioria dos fotógrafos. Um dia, um amigo lhe trouxe uma Olympus Pen 35 mm, daquelas que dobravam o numero de chapas de 36 para 72 fotos. Desta forma ele podia fazer mais fotos do que quando usava os rolos de filmes 120 da Flika.

A trajetória deste salto e aprendizagem foi bruscamente interrompida no dia 15 de abril de 1972 quando um acidente mudou completamente a sua vida. Carlinhos fez uma viajem para o interior do Ceará para conhecer uns parentes quando um mergulho mal dado num rio lhe fez sofrer um acidente medular que tirou todos os movimentos do seu corpo. Carlinhos se tornou tetraplégico aos 17 anos. O salto se transformou em mergulho. Um mergulho tão longo e escuro que ele nem poderia imaginar. O médico que o atendeu inicialmente no Ceará disse que ele teria que se conformar, fazer muita fisioterapia e ter muita paciência para enfrentar uma nova experiência de vida que começava. Assim mesmo, após o desanimo inicial, começou com as massagens e alguns exercícios sempre pensando muito em suas fotos e seus amigos. Seu maior conforto de vida foi dado por sua mãe. Suas orações e a dos amigos parece que foram escutadas por Deus.

Carlinhos foi transferido para Brasília para Hospital Sarah, o maior centro de reabilitação do país o e a sua vida mudou. Começou seu tratamento fisioterápico e sabia que tinha muito que fazer para recuperar seus movimentos. Passou dois anos neste centro e com muito esforço conseguiu recuperar os movimentos dos seus braços. Durante esse período no SARAH, algo que ele tinha deixado para trás lá no Rio de Janeiro lhe chamou a atenção. Todos os dias pela manhã a enfermaria era invadida por médicos com suas possantes câmaras fotográficas. Ele nunca tinha visto tanta sofisticação em sua vida. Eram todos cirurgiões que faziam fotos antes e depois do ato cirúrgico. Carlinhos estava sendo estimulado a reaprender a fotografar e descobriu que tinha um laboratório fotográfico no SARAH. Fez amizade com o fotografo do hospital chamado Carlos e mostrou o seu interesse pela fotografia. Com total apoio do diretor presidente do SARAH, Dr. Campos da Paz, passou a freqüentar o laboratório depois da fisioterapia . Nesta época ele vivia deitado numa maca que era seu transporte oficial – ainda não podia sentar. Observando deitado o trabalho do laboratório, ele começou a aprender como se revelava filmes e como fazia as ampliações em branco e preto. Carlinhos nunca tinha entrado em um quarto escuro.

Quando começou a sentar na cadeira de rodas, passou então a fotografar com uma maquininha kodak argentina fazendo fotos dos colegas de enfermaria e também dos jardins do hospital . Um dia se internou no SARAH um fotografo do jornal Zero Hora, chamado Roni Paganella, que era paraplégico e mesmo assim ainda fotografava. Carlinhos pensou então: "se ele pode fazer fotos sentado porque eu também não posso?" Ficaram bons amigos. Roni tinha uma Pentax, mas naquela época Carlinhos ainda não podia segurar uma maquina tão pesada.. "As vezes ele queria deixar a sua câmera comigo mas não dava, eu não agüentava o peso, mas ele me ajudou muito e me encorajou ", lembra.

Carlinhos foi adquirindo muito conhecimento até que teve alta e foi para casa já em Brasília. Lá ele montou seu primeiro laboratório. Também conseguiu comprar sua primeira maquina uma Yashica Tl.35. Com ela passou a fotografar as pessoas mais próximas e assim ele fez seu retorno à fotografia. Comprou um tanque fácil de manusear e passou a fazer suas revelações. Assim que chegava ia rapidamente revelar os seus filmes preto branco. Tempos depois a família de Carlinhos se mudou para Fortaleza. Em 2000, Carlinhos estava com sua câmera, na cadeira de rodas na rua, perto de sua casa no bairro Messejana em Fortaleza Ceará, fotografando, em plena luz do dia quando duas pessoas de bicicleta o aboradaram e roubaram a sua câmera Nikon N70 com a lente zoom 35/70mm. Amigos do Brasil todo quando souberam, se uniram, fizeram uma “vaquinha” e mandaram para ele uma câmera Canon Elam e uma bolsa cheia de filmes.

A luz da fotografia clareou a escuridão de seu mergulho. Mais de trinta anos depois do acidente Carlinhos exibia cada vez mais sua força de vontade: - “A fotografia corre no meu sangue 24 horas por dia. Consegui vencer minhas dificuldades, posso fotografar e me sentir gratificado em poder mostrar meus trabalhos. Hoje estou fazendo o que mais gosto”, desabafava. Carlinhos Alcântara fotografava com dificuldade devido a grande limitação de movimentos nos braços e nas mãos. Ele trocava o filme com a ajuda da boca e para fazer foco, só com câmeras auto-focus. Carlinhos revelou em seus retratos a simpatia com a qual cativava seus modelos. Seu jeito de se aproximar à sua "presa” e de, mesmo sem pedir, receber o consentimento silencioso, fazia com que suas fotos fossem "clicadas” com muito carinho e emoção. Infelizmente Carlinhos nos deixou em 2004, aos 48 anos, mas deixou uma obra maravilhosa. Um de seus últimos trabalhos foi um belíssimo ensaio fotográfico sobre Conjunto Palmeiras, uma comunidade perto de sua casa que ele freqüentava., Suas fotos apresentam um brilho e uma composição especiais, que só a experiência de vida e força de vontade de Carlinhos Alcântara poderiam criar.


texto por André Dusek

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Nosso colaborador Luiz Alves, traz ao blog uma bela matéria sobre a grandeza da fotografia, que ajuda no restabelecimento de nossa mente e corpo.

Agradecimentos ao André Dusek e Luiz Alves.


Alessandro Souza

sexta-feira, 14 de março de 2008

Abertura de Exposicao Projeto Fotolata Pin Hole

Vale apena conferir, para podermos exercitar o olhar, e a tecnica para o dia mundial do Pin hole. E Brasilia estara muito bem representada.
Abracos a todos,
Alessandro souza

quinta-feira, 13 de março de 2008

O Globo premia o Fotógrafo Sebastião Salgado, eleito a personalidade de 2007


Fonte: Jornal O Globo ed. 13 03 2008.

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Sebastião Salgado recebe o prêmio faz Diferença OGlobo e também pousa para foto junto aos alunos da Escola de Fotógrafos.

Att.

Alessandro Souza

quarta-feira, 12 de março de 2008

Abertura de Exposição Gervásio Batista - STF

A exposição está no STF até 18 de abril.
São 45 imagens do fotógrafo Gervásio Batista.

Fonte: Jornal Correio Braziliense 11 03 2008

terça-feira, 11 de março de 2008

Foto do Dia Ngeo 11 03 2008




Guitar, Aspen, Colorado, 1999

Photograph by Joel Sartore

Rock-and-roll pioneer Chuck Berry plays a candy apple-red guitar at the Jazz Aspen Music Festival. Called the father of rock-and-roll, Berry is as revered for his iconic hits, such as "Johnny B. Goode," "Maybellene," and "Memphis," as he is for helping break the color barrier in the music world.

(Photo shot on assignment for, but not published in, "Authentic, Extravagant Aspen," July/August 1999, National Geographic Traveler magazine)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Candangueiro premiado em concurso fotográfico


Arthur Monteiro (vulgo Imagem) obteve menção honrosa no 1º Concurso Universitário de Fotografia Sony Alpha-Fotografe Melhor, categoria "fotojornalismo".

Parabéns! Mais Imagem, clique aqui.

Fotógrafo captura show de cores no fundo do mar; veja

Foto: Richard Merritt FRPS
Os peixes-palhaço se tornaram populares com o desenho 'Procurando Nemo'.
O inglês Richard Merritt faz fotos da vida marinha há 30 anos e reuniu algumas das imagens em uma exposição itinerante que atravessa a Grã-Bretanha até abril.

Merritt é professor de computação em uma universidade na cidade de Plymouth, no sul da Inglaterra e tira as fotos apenas por hobby.

Apesar disso, Merritt ganhou a medalha de ouro na 150ª edição do prêmio International Print Exhibition, realizado pela Royal Photographic Society.

Ele participou com uma foto do tubarão-martelo, tirada no Pacífico Leste.

Ele contou à BBC que se inspirou nos programas de televisão do explorador francês Jacques Cousteau da década de 70 e resolveu comprar uma câmera para fazer fotos das criaturas do fundo do mar.

Merritt prefere tirar as fotos nas águas de regiões próximas à Indonésia, onde a presença dos recifes de coral traz grande diversidade à vida marinha. Além disso, ele conta que prefere mergulhar em águas quentes.

Outra preferência de Merritt são os modelos das câmeras. Ele usa câmeras digitais em alguns casos, mas prefere fazer as fotos com filme.

"Tenho apenas 36 fotos, mas prefiro a qualidade dos filmes", conta.

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Fonte: BBCBrasil

sábado, 1 de março de 2008

O dia-a-dia de Chico Fotógrafo por alessandro souza

Através da matéria publicada ontem no Correio Braziliense, dia 29 02 2008, fotografada pela colega Zuleika Souza. Tive o prazer de conhecer ao vivo o personagem, o Sr. Francisco Xavier Bezerra, de 57 anos, conhecido também por Chico Fotógrafo.
Ele é uma figura ímpar, muito atencioso, muito didático, e muito experiente na arte da fotografia. A parte técnica, ele adquiriu aos 15anos de idade, lá no interior da bahia, quando se usava chapas de vidro da Kodak emulsionadas. Depois foi-se adaptando as novas tecnologias da época, até chegar ao filme instantâneo"fuji" de hoje pra fotografias 3x4. Ele também tem guardada uma Nikon com lente 28mm, para usar em momentos especiais, como: casamentos, batizados, desfiles e retratos.
Tempo que passei com ele hoje, foram momentos de muito aprendizado e troca de conhecimentos. Mostrei como é a fotografia digital, falei de como alguns fotógrafo usam os atuais equipamentos e tecnologias digitais.
Uma curiosidade da profissão, ele como fotógrafo que trabalha na praça, não quer que o filho siga a mesma profissão, só se for em fotografias de stúdios o para um grande veiculo de comunicação. Ele quer o filho tenha o estudo e formação escolar que ele não teve.


Pois é, nos momentos que estive em seu stúdio ao ar livre, presenciei quatro clientes sendo fotografados, valor por seis fotografias é de R$10,00, e como a sua propaganda é "Foto colorida em 1min", realmente é 1min, se demorar mais, é porque filme está secando. Ele ascende em uma lata de sardinha com um pouquinho de alcool uma pequena chama para acelerar o processo de secagem, e funciona.


O Convidei para participar do grande evento Mundial "PINHOLE DAY", que acontecerá no último domigo de abril, vejo sua participação muito importante para poder trocar conhecimentos com os mais novos fotógrafos.






Aqui a imagem através do espelho, pois nem todo fotógrafo vê sua imagem.













O Grande Chico Fotógrafo em ação.











Aqui uma pequena recordação.








Pedi ao Chico Fotógrafo, pra que ele tirasse algumas fotos minhas, em três momentos,
com minha inseparável camera,
uma para carteirinha de estudante,
e uma com ele o fotógrafo.











Clientes admiram e comentam a qualidade das fotografias afixadas em uma camera artesanal.





Abraço à todos,

mais fotos aqui


Fotos: Alessandro Souza